sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Comida também é Cultura

Se falamos de Budapeste, não podemos deixar de falar de comida, afinal, uma das principais características do povo local é: o culto à comida :-D Quem não gosta de comer... Ah, que saudades de um arroz e feijão, uma picanha, caipirinha... Se voce tambem compartilha desses desejos, os seus problemas acabaram, ou talvez, em partes... Foi inaugurado em Budapeste uma churrascaria Brasileira chamada "Braseiro", e o Budapeste Tupiniquim esteve presente e conferiu a inauguração.


braseiromasculino
  1. fogo de carvões incandescentes;
  2. brasas colocadas em recipiente de metal ou louça para aquecer o ambiente;
  3. braseira; borralho; fogo; incêndio
Fonte: Wikcionário


Bom, a festa não chegou a pegar fogo, mas teve seus momentos "quentes" como por exemplo a apresentação das dançarinas carnavalescas ao som de batucada... e que dançarinas...



E também, eu sei que muitos nao irão acreditar, mas é verdade: presenciamos um dos momentos mais estranhos, sinistros, curiosos, eu diria até mesmo, bizarros, desde que estamos em Budapeste (e não é pouco tempo). Acreditem ou não, um show da Banda Kaoma :-S
Para quem não sabe, e eu também não sabia, e duvido que alguém sabia, Kaoma é, ou melhor, era :-) um grupo de Lambada Francês (obrigado Wikipedia eu não saberia viver sem essa informação) que lançou o eletrizante hit: Chorando se Foi.
Nossa, essa faz tempo...



Muuuuuito tempo...
Dessa música até a minha avó chegou a tentar uns passos...
Bom, não querendo tirar o mérito do grupo ou da apresentação, além do fato de eu estar escutando Chorando se foi (uma música que é cultuada pelos húngaros como algo sagrado, até hoje: toca na rádio, eu juro, já escutei) ao vivo, em plena Budapeste, comendo picanha, isso mesmo, você escutou bem, picanha... Não tenho palavras para definir este momento, a não ser bizarro... O pior não é isso, e sim ver algumas senhoras húngaras, aparentemente senhoras de família, digamos já um pouco felizes devido ao efeito da caipirinha, isso mesmo você escutou bem novamente: caipirinha (por sinal, um pouco amarga; dica: o segredo para a caipirinha não ficar amarga e tirar a casca do limão), estarem dançando, usando o português claro: soltando a franga, cantando a música em um idioma que eu desconheço e dançando uma lambada que está mais para um csárdás sob efeito de muito pálinka no sangue. Afinal, húngaro não é húngaro sem a "marvada" no sangue.
Bom, resumindo... o momento do show foi imortalizado por algum internauta e segue abaixo:



Infelizmente (eu juro que procurei) mas não encontramos nenhum registro das senhoras húngaras "lambadeiras" mas creio que alguns de vocês ja devem estar imaginando a cena.
Resumindo, foi interessante... Ah, a comida, ja ia me esqueçendo... Mesa de saladas de todos os tipos, picanha, alcatra, além de muita variedade de carnes, peixes; feijão e feijoada disseram que têm (mas não vimos), caipirinha (um pouco amarga) telões com imagens do carnaval na Marquês de Sapucaí (afinal, o que é mais brasileiro do que isso, não é verdade? :-)) e música brasileira...
O preço? Boa pergunta... só podemos dar uma dica: é bom preparar o bolso, porque não é pra qualquer um...
De qualquer forma, deixamos aqui o endereço e o site (que ainda não está ativado ??) para quem quiser checar, deixamos também o espaço para quem quiser comentar e trocar ideias sobre o novo "point" dos Brasileiros, ou talvez, da burguesia húngara que ainda acredita que Brasil é samba e mulher pelada. E não é? Pelo menos aqui... É.

Braseiro brazil étterem
1067 Budapest, Teréz krt. 23
tel: +36 1 269 2935
www.braseiro.hu

Um comentário:

André José Adler disse...

Ouví dizer que a cantora do Kaoma ganhou o carinhoso apelido de "Béka Néni" nesta noite...